quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

QUINTA DO DESABAFO #4: BANDEIRAS

Eu não levanto bandeiras
Pois sei que elas podem me trair. 
Cometo minhas bobeiras
Às vezes nem acredito em mim. 

Já vi o ódio nos meus próprios olhos,
Já vi a maldade me tomar conta. 
Já me vi possesso de raiva e cólera,
Já fiz coisas absurdas e antiética. 

E que me julguem,
Preparem o júri. 
Me tragam uma pena severa,
Se precisar, a cadeira elétrica. 

Porque é assim que eu sou
E nada vai mudar.
Eu sou uma ameaça, o terror
Nada vai me parar. 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #9: TATUAGEM

Eu respiro o oxigênio sem medo da velhice
Eu fumo meu cigarro sem pensar no meu pulmão
Eu tomo minha cachaça sem pensar no meu fígado
Eu vivo minha vida sem medo da morte

Eu vivo assim e me sinto mais forte,
Por não me preocupar com o futuro,
Por viver insanamente, sem contar com a sorte,
Por ver que, do que fazemos, deixamos tudo

Eu boto a cara lá fora, sem medo do sol
Me protejo às vezes, mas não deixo de viver
Não deixo de sentir o pulso, o pesar
Não paro de ouvir, de ler, de pensar 

Eu não sinto a vida me escapar
Eu sinto a vida me contemplar
Eu deixo numa boa ela me leva
Mesmo tendo a vontade de ficar

terça-feira, 24 de novembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #11: LUÍZA (2)

Se eu chamar seu nome, não diga que não vai ouvir. Se o vermelho nos seus lábios refletissem a pontualidade inglesa, veria que já está atrasada. Que essa escala já virou conexão, de aeroportos distintos, que não mais cruzam os nossos destinos. Se o sorriso no meu rosto estampasse a minha verdadeira lástima, não precisaria de lágrimas pra notar. Porque eu estou perdido, indeciso, inseguro e vendido. Vendido a qualquer dose de vida falsa que alguém esteja disposto a me dar. Como se fosse suprir o vazio que você deixou. O lugar que não encontro alguém a altura para ocupar. Porque o seu descaso me matava, mas era aos poucos. Agora sem ele eu estou morto. Me trate mal, mas me deixe viver. Eu sinto falta das suas mãos, do jeito certo de segurá-las. Eu sinto falta do seu abraço, que me conforta. Eu sinto falta do seus olhos, que foram os únicos que refletiram minha vida. Antes desta se acabar. Será que só eu vejo que estou sem caminho? Será que minhas falhas são irreversíveis? Será que meu orgulho vai falar mais alto e continuar me impedindo de revelar? Me leve, luz minha. Porque o fim do túnel está muito longe do fundo do poço que me encontro agora. E olha que seria bem mais agradável me ver morto também fisicamente. Porque internamente ninguém vê o vazio que ficou. Estou imóvel, estou inócuo, estou frio, estou fazendo peso. E que peso carrego! O peso da estupidez de um ser morto. O peso do erro que parece não ter solução. O peso do erro que foi te perder, luz minha. Pois esse abraço tímido, cabisbaixo, sem jeito é o reflexo de alguém que não sabe viver. Não nessas condições. Que escreve de madrugada pra esvaziar a mente e ver se perde a insônia que os meus erros causam. Devolva-me a vida, Luíza!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SEGUNDA DA DEPRESSÃO #5: POEMA PARA PAULO

Liberte essas lágrimas
Relembre o passado e deixe-as fluir
Porque nós não somos máquinas, Paulo
Nós somos carne cortada com navalha

E isso dói, é a intenção:
Acumular cicatrizes
E continuar afiando a ponta da adaga

Cravá-la cada vez mais fundo em nosso peito
De forma que nos deixe assim, sem jeito
E estampando um sorriso falso de sempre
Simulando uma felicidade momentânea

Mas a gente sabe, Paulo
Que no dia seguinte a tristeza vai bater
Porque ela sempre volta à porta
E bate mais forte, com a vontade de te ter

Mas seja ousado, meu jovem
Olhe nos olhos dela e dê bom dia!
Porque todo dia novo é motivo de alegria


O que são lágrimas, além de velhos sentimentos te implorando pra sair?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

QUINTA DO DESABAFO #3: PARIS

Eu sonhei
Mas acordo e não consigo crer
Mundo de direito, sem dever

Não deu
No breu, como acreditar?
Espero que uma luz se acenda
E eu possa então começar

Começar a envelhecer
Sem motivos pra me preocupar
Com todos que vão falecer
Com todos que vão degolar

E como acreditar em Deus,
Se a desgraça não vai acabar?
Todos aqui buscam o poder
Todos aqui vão se desmanchar

Eu tentei
Eu tentei conseguir viver
Mas como me despreocupar?

O homem
O homem não sabe viver
Vivendo só pra enganar
E ainda tentam me evangelizar

Às vezes nem quero viver:
Sem motivos pra me preocupar
Com todos que vão falecer,
Com todos que vão degolar

E como acreditar em Deus?
Se a desgraça não vai acabar
Todos aqui buscam o poder
Todos aqui vão se desmanchar

terça-feira, 17 de novembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #10: FRÍVOLO

Tirei um tempo pra escrever em vão
Pra não ficar desacostumado
Pra me sentir um pouco são
Pra não me deixar de lado
Pra ver se encontro uma direção
E, ainda que não,
Quero ter tentado
Antes de voltar pro frio do chão

Eu sei que voltarei
Não preciso de crenças pra me proteger
Me sinto mais puro assim
Do nada eu nasci e nada vou voltar a ser

E é essa pureza que quero viver
É a natureza, não me causa dor
É tudo que eu quero ter

terça-feira, 10 de novembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #9: DES-CASO

Os olhos já não piscam mais.
Sentado e delirando, fixo o olhar.
Ao fundo imagens repetidas.
As luzes da cidade se acendem,
O sol se esconde pelo horizonte
E novamente pouco se importam.

Um tanto mais tarde, fixo-me em paz.
A luz queima, de fora a lua a brilhar.
Na cama, estados repetidos.
A cabeça e o coração não se entendem,
Tristeza e saudade em monte.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #5: DAS CHANCES

Não saber pra onde olhar,
Não saber o que falar.

De repente a vida cobra.
E agora, o que fazer?
E agora, como será?
E agora, indecisão?
Na próxima há de mudar.

Exponha teu amor de forma como nunca expôs qualquer de suas emoções.
Acredite, a permuta se faz necessária.

Quantas vezes clamou por uma chance?
Quantas vezes mostrou o querer?
A chance bradou à sua frente,
Assuma o risco de ser feliz!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #8: VIDA

Sentir, viver
Pra ser feliz
Viver, sorrir.
O que me diz?

O tempo não para,
não olhe pra trás
A vida só segue,
prossiga em paz

Sorrir, sonhar
Esquecer os problemas
Sonhar, dizer
Resolver os dilemas

Seguindo em frente
O mundo não para.
Viver é tão lindo
Uma beleza rara

Dizer, morrer
Cumprir a missão
É isso aí
O mundo, irmão

terça-feira, 27 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #8: POESIA

Futilidade de maneira ILIMITÁVEL.
Fragilidade na alma,
de maneira IMPRESSIONÁVEL

Cogito por um momento
fugir da SOCIEDADE.
É tanta INSANIDADE
que não vou sentir SAUDADE

A lua me guiará,
iluminando meus PASSOS.
Não preciso de mais nada,
Nem sandálias, nem CADARÇOS

Vamos lá, meu amor.
Se quiser entrar na DANÇA
talvez a gente cresça,
talvez volte a ser CRIANÇA

Não se canse de mim, por FAVOR
Não se canse nunca
De sentir o meu AMOR

A solidão que me apavora
sempre bate e DESESPERA.
A incerteza sempre volta,
já não sei se tu me ESPERA

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUINTA DO DESABAFO #2: A MORTE DA INGENUIDADE

Cadê a ingenuidade das crianças?
Todas aqui com a maldade no olhar,
É isso que me faz perder a esperança.
Desse jeito é foda de acreditar.

A navalha corta a cada boca aberta,
A vida cobrará de cada alma (que se acha) esperta.
O futuro cobiçando desde cedo.
Criança malandra, com ódio, sem medo.

Avança, ameaça, xinga, se engana.
Bate, cresce, se fode, apanha.
Sonhos inexistentes, se almeja o pesadelo.
Se amarra, acende, puxa e depois prende.

Bateu, ficou, agora é só curtir,
Escola é sem futuro, melhor ficar aqui.
Solta aquele som, daqueles bem pesado,
Acende essa porra, que o bagulho é pesado.

Se joga nesse mundo,
Se afunda, vagabundo.
Nasceu com a cobiça, que agora te esquarteja.
O teu brilho morreu, se fode nessa breja.

Cresceu sem pai, sem mãe,
Esperança de ninguém.
Não tinha a quem orgulhar,
Mesmo se buscasse o bem.

Mais um que se fode no sistema carcerário,
Mais um que se fode, vira a vida ao contrário.
Cai na tentação que o mundo te oferece,
Não luta, não resiste, está entregue.

Mais um que vem aqui
Não faz história e se incrimina.
Se entrega ao sistema,
Cai na carnificina.

Vacila na tua história,
Só foi mais uma carne
Cortando na navalha,
Depois de esquartejada.

Sem ideologias,
Razão ou compromissos.
Morreu sem nem lutar,
Escravo do vício.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #7: IN-CONSCIÊNCIA

Acordar sem saber para onde ir,
Simplesmente se jogar no mundo.
Mas ir... Esvaziar a simples mente
E estar em equilíbrio, feliz.

Saber aonde encontrar a paz,
Mesmo nos momentos difíceis.
Escalar relevos e superfícies
Olhando sempre para dentro de você.

A nobreza da alegria
Estampada num sorriso natural.
A frieza não contagia.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #7: A MADRUGADA

Pelos becos e vielas
Noto as escolhas erradas.
A madrugada corre
E o tempo escorre em vão.

Escorre e não chega o momento.
Sua ausência é sufocante,
Teu silêncio, violento.
Decorrente dessa dependência.

Tua voz não me confortou hoje.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #4: DENTES

No cerne da alma arde a ferida
Tantas vezes cicatrizada por um simples e puro sorriso teu.
No cerne da alma encontra-se a vida,
Regada e amadurecida pelo equilíbrio com meu próprio eu.

Quantas vezes, sozinho, me faltou o equilíbrio?
Escorreu a lágrima do olhar,
Me tirou todo aquele brilho
Que um dia me fez acreditar?

Tantas vezes ecoou meu sorriso
Pelo simples estar do teu.
A nobreza de um gesto simples,
Afogando as tristezas, o breu. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #6: LONGA ESTRADA

Me traga uma água gelada. Só pra me livrar do cheiro de noite passada. Da minha alma mal amada. Qualquer coisa que alivie o calor e o clima de Brasília, essa ilha política. Suspende a cerveja gelada. Até mesmo a pinga, a minha Paratudo, que gosto, mas comprei a preço de nada. Suspende a Libido, a satisfação dos meus hormônios. Suspende tudo! E me deixa com nada. Traz a conta, quero meter o pé na estrada. Com a mesma sola da noite passada, da madrugada rasgada. Me dê um bom livro e uma reclusão necessária. Tranque as portas. Se entregue aos poetas, mas avise a ela: "essa aqui não é pra você". Não é pra ninguém. Essa aqui é pra viver. Pra apagar a minha falta de lucidez. E tomar de novo os rumos da minha caminhada. Sem direção, sem um caminho e muito ingrata. Mas que, ainda assim, não falha e com muita facilidade me leva pra casa. Me deixa ir, sabendo que vou voltar. E, se não voltar, a gente se encontra, porque temos que continuar. Com alguns atrasos, alguns imprevistos e muito estrago. Mas seguimos: eu e minha caminhada. Que jornada fazemos, minha cara! Sempre lado a lado, olho no olho e cara a cara. Eu te observando, desde a sua nobreza até a sua incerteza. A nossa nobreza e as nossas incertezas. Ah, minha velha e nobre caminhada...


E pensar que dizem que tudo isso é a troco de nada. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SEGUNDA DA DEPRESSÃO #4: NOS DIAS DE AGORA...

Nos dias de agora você já está distante.
Nos dias de agora só quero mais um instante.

Para poder pensar aonde que eu me perdi,
Para poder passar um tempo longe de você.
Para poder sentar e ver o mundo por mim,
Ver que eu já nem sei quem sou por causa de você.

Passei noites em claro, madrugadas em vão,
Pra ver o teu sorriso te dei o meu coração.
Joguei acordes fora até me convencer
Que essa valsa triste não faz bem pro meu ser.

Nos dias de agora só quero mesmo um instante.
Nos dias de agora só quero mais uma chance.

Só quero uma chance de ver onde me perdi,
Só quero uma chance de um bom dia sem você.
Só quero uma chance de ver o mundo por mim,
Só quero uma chance de me reconhecer.

Passei noites em claro, madrugadas em vão,
Pra ver o teu sorriso te dei o meu coração.
Joguei acordes fora até me convencer
Que essa valsa triste não faz bem pro meu ser.


Nos dias de agora.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #6: NOVIDADE

Novos ares pra sentir
Novos dias pra viver

Novo caminho pra seguir
E a vida vou viver

Novas terras desbravar
Horizontes poder

Novas línguas pra falar
Ser o que consigo ser

Seu futuro depende
da sua expectativa
Você quem sabe
o melhor pra sua vida

Não seja escravo
da vontade alheia
O que você colhe
é o que tu semeia

O que vai fazer?
Lutar ou correr?
O que vai pensar?
Que não vai ganhar?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #5: SIGA

Muitas vezes quero a reclusão
Muitas vezes ajo no automático
Muitas vezes bate a depressão
Muitas vezes fico apático

E assim a vida segue
Na esperança de algo melhor
Na vontade de um dia feliz
No desejo de algo maior

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #5: VOLTA

Muita gente só pensa na dor
Mas no fim, o que interessa é o amor

Não pense no lado ruim,
Não pense no que há de mal
Pense na positividade
Imagine uma vida normal

Tudo se vai
Tudo vem de volta.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #4: IMPORTANTE

Uma tragada profunda
um gole intenso
eu olho pro lado
mas nem sei o que penso

Há tanta tristeza
Mas beleza também

Então olho pro mundo
e só digo amém

Fazer o que quero
e me desprender
Viver minha vida
sem me arrepender

No fim tudo passa,
se já não passou
No fim o que conta
é só o amor

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SEGUNDA DA DEPRESSÃO #3: DESGOSTO

não gosto de quem mata,
rouba ou mente

não gosto de quem tira,
atira e não sente

não gosto da violência.
física ou verbal

não gosto de nada disso,
isso tudo me faz mal.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #4: FECHADO PARA RECICLAGEM

E quem me vê sozinho e calado 
pensa que essa solidão é desgastante
E quem me vê tímido e fechado
acham que o sou por mero descaso

Mas vai além das palavras que eu não quero falar
É muito mais do que se possa imaginar
E todo esse vazio que não compreendem e acham tolo
É a minha maior fonte de riqueza, a sede do viver

Eu só estava escondendo o tesouro
Não é preciso provar riqueza pra alguém
Os verdadeiros sabem quem sou
E, se tenho que lutar, é contra mim, mais ninguém

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #3: MILENA

Me dê inspiração, Milena
O seu simples singular
Me dê um gesto simples
O seu pequeno estar

Me dê a pluralização do vazio
O fim do frio
Ou que este permaneça
Mas esteja, Milena, esteja aqui

E cesse, Milena, ou ao menos me ajude
A achar o fim da folha em branco, 
Pois rasgá-la nunca foi suficiente
Ela ainda assim agride, age covardemente

Então, Milena, me traz alguns acordes,
Uma melodia serena que não sei tocar
E cante, Milena, por mais momentos assim
Por mais ansiedade, pela inspiração em si

Aproveita, Milena, e me dê palavras
Pois são as chaves dessa prisão
Me dê o que quiser, mesmo que seja nada
Mas preencha o vão, pois eu não aguento
Ver o sangue fluir e as letras não

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

QUINTA DO DESABAFO #1: PILOTO

A busca incessante por companhia cansa. O medo de morrer sozinho avança. Pra quê? O que muda? Me deem um motivo. Expliquem-me! Pudera eu morrer sozinho! Longe de toda a diferença (ou indiferença, se assim preferir). Mas não, tenho que me submeter a doses diárias de humanos daqui e dali. Doses intermináveis! Doses indesejáveis! Porque não posso morrer sozinho?
"E qual o legado que a gente vai deixar?" PORRA! Esquece a porra do legado! Esquece essa vontade de se sentir lembrado! O que você pensa quando o vazio toma conta? Esquece, porra! O teu legado vai ser o mesmo de Jesus e da formiga que você pisou. Será o mesmo do Romário e da abelha que te picou. O NADA! O VAZIO! O MORRER! A transformação constante de matéria, energia e sabe-se lá mais o quê! Se convertendo constantemente para chegar em uma das infinitas possíveis estações de tanta gente. Vão mesmo achá-la? Estou descrente!
Continuem suas buscas incessantes pelo sentido! Mas eu não vou me submeter a isso, assumam vocês esses riscos! Eu já me sinto muito à vontade, prefiro nem saber sobre o resto da eternidade. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #3: MUSEU

O espírito de jovem
Ainda vai reinar
Tudo na minha vida
Eu vou aproveitar

Todos nossos momentos
Ainda vão ser
Uma história linda
Escrita com prazer

Cada movimento seu
Cada sentimento meu
Importante é sentir
Sentir-se num museu

Se de tudo que deixamos
Há de sobrar um legado,
Caminhemos todos juntos
Pra que tenhamos um passado

terça-feira, 15 de setembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #3: RAIO DE LUZ

Olhos tristes e cansados
Já não sei o que falar

No futuro ou no passado
Sinto que vou fracassar

Andar triste, desolado
E eu só desejo o fim

Só com um amigo ao lado
Pra me ver, olhar pra mim

Mas com isso ganho forças
E o pensamento evolui

Lucas, meu melhor amigo
A tristeza de dilui

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #2: RELATO A ALGUÉM QUE BUSCA O FIM

Não és qualquer um,
Tu és muito mais.
Tu pouco sabes,
Mas, em meio ao caos,
Tu és a paz.

Tu és a luta na ilusão,
Tu és a cura na imperfeição,
Tu és sorriso em meio ao caos.

Tu lutarás quando se iludir,
Tu cansarás quando cair,
Tu sorrirás de frente para tuas mazelas.

Tu verás a vida à tua frente
E essa não será capaz de bradar sobre você.
Você clamará em frente a ela,
Tua força é imensurável.

A vida vai te bater,
Mas tu és forte pra apanhar.
A vida vai te cobrar,
Mas tu tens muito mais a dar.

Você nunca vai cair com qualquer golpe.
Desconheço o golpe capaz de lhe derrubar.
Tu és carne dura, por mais que de coração simples e alma pura.

O teu punho tem muito a bater,
O teu sorriso tem muito mais a alegrar.
A tua simpatia tem muito mais a dar.
Vitória alguma será muito para você.

Nada pode lhe derrubar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

SEGUNDA DA DEPRESSÃO #2: O QUE EU FIZ?

O que eu fiz?

Pra todas as pessoas que já gostei
Pra todas as garotas que já namorei?

Pra mim, foram momentos felizes
Não tinham atores ou atrizes

Pra mim, não haviam brigas
Entre todos os amigos, entre todas as amigas

Todos que já vivi algo bom
De longe me dizem, em alto e em bom tom:

Adeus.

Mas o que eu fiz?
Eu só gostava de ser feliz

De andar no parque,
De chegar mais tarde

Eu não sabia o que era felicidade

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #2:

Olhei pros seus olhos
Enxerguei as estrelas
Olhei pra tua boca
Pensei em besteiras

Loucuras de amor
Do meu coração

Lembrei do teu rosto
Fiquei mais feliz
Lembrei que você
É tudo que eu quis

A coisa mais bela
E a perfeição

Portanto, meu bem
Espero que saiba
Que todos os dias
Te espero na sala

Somente em meus braços
Entregue a paixão

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #1: ELEMENTAR

Ver a natureza
Sentir a energia
Amar tanta beleza
Viver na alegria

Lembrar dos bons momentos
Ficar um pouco a toa
Aflorar os sentimentos
Pensar em coisas boas

Novos ares pra sentir
Novos dias pra viver
Novos caminhos pra seguir
É a vida que eu vou ter

Novas terras desbravar
Horizontes poder ver
Novas línguas pra falar
Ser o que eu consigo ser

Num mundo tão grande
Temos algo em comum
Com os meus bons amigos

Não me sinto só mais um

terça-feira, 1 de setembro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #2: TOLICE

            De tanto cuidar de você desaprendi a me cuidar. Rotina alguma me conforta, me embriago todo dia da semana para não ver o teu vulto passando pelo meu, que vive desacreditado. A luz já não ilumina, a sombra já me acolhe. Vou vivendo assim sem saber como parar. E pensar que antes conseguia enganar minha alma vivendo desse jeito. Porque não mais? Tolice. Amanhã é dia.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #1: COMO FAZ?

Meus costumes,
Seus valores.
A vida me fez uma mistura de amores e horrores.

A insegurança me comanda,
Perco o controle dos meus sentimentos.
A insegurança de que tudo vire lembranças, momentos.

Já não sabes o que quer,
Já não consigo demonstrar o que sinto.
Apenas necessito de um tempo sozinho.

Porque o amor é assim?
Um dia a gente brinca, no outro é sufocado.
Ah, o amor.

Obrigado!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #1: LUÍZA

Luíza sendo Luíza
O amor é esse clichê barato que eu não sei lidar

A indiferença que me desconta
Pelas palavras que eu não sei revelar
Que eu também te fiz perder
E já somos incapazes de falar

Luíza sendo Luíza
Deixando sua insegurança lhe tomar conta

Fazendo com que eu também me deixe levar
Pelas suas marcas, suas palavras, seu jeito de lidar
Por meu excesso de lucidez
Pelo desdém que me devolve

Luíza sendo Luíza
Não consentindo só por negar

Luíza e sua mística mania de me ter
Sem nem poder me defender
Como se assim tivesse que ser
No presente, no passado e no futuro você

E ainda que fora do tom prosseguiria
Pois assim não pode parar de ser

Luíza sendo Luíza