Liberte essas lágrimas
Relembre o passado e deixe-as fluir
Porque nós não somos máquinas, Paulo
Nós somos carne cortada com navalha
E isso dói, é a intenção:
Acumular cicatrizes
E continuar afiando a ponta da adaga
Cravá-la cada vez mais fundo em nosso
peito
De forma que nos deixe assim, sem jeito
E estampando um sorriso falso de sempre
Simulando uma felicidade momentânea
Mas a gente sabe, Paulo
Que no dia seguinte a tristeza vai bater
Porque ela sempre volta à porta
E bate mais forte, com a vontade de te ter
Mas seja ousado, meu jovem
Olhe nos olhos dela e dê bom dia!
Porque todo dia novo é motivo de alegria
O que são lágrimas, além de velhos
sentimentos te implorando pra sair?
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