sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #5: DAS CHANCES

Não saber pra onde olhar,
Não saber o que falar.

De repente a vida cobra.
E agora, o que fazer?
E agora, como será?
E agora, indecisão?
Na próxima há de mudar.

Exponha teu amor de forma como nunca expôs qualquer de suas emoções.
Acredite, a permuta se faz necessária.

Quantas vezes clamou por uma chance?
Quantas vezes mostrou o querer?
A chance bradou à sua frente,
Assuma o risco de ser feliz!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #8: VIDA

Sentir, viver
Pra ser feliz
Viver, sorrir.
O que me diz?

O tempo não para,
não olhe pra trás
A vida só segue,
prossiga em paz

Sorrir, sonhar
Esquecer os problemas
Sonhar, dizer
Resolver os dilemas

Seguindo em frente
O mundo não para.
Viver é tão lindo
Uma beleza rara

Dizer, morrer
Cumprir a missão
É isso aí
O mundo, irmão

terça-feira, 27 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #8: POESIA

Futilidade de maneira ILIMITÁVEL.
Fragilidade na alma,
de maneira IMPRESSIONÁVEL

Cogito por um momento
fugir da SOCIEDADE.
É tanta INSANIDADE
que não vou sentir SAUDADE

A lua me guiará,
iluminando meus PASSOS.
Não preciso de mais nada,
Nem sandálias, nem CADARÇOS

Vamos lá, meu amor.
Se quiser entrar na DANÇA
talvez a gente cresça,
talvez volte a ser CRIANÇA

Não se canse de mim, por FAVOR
Não se canse nunca
De sentir o meu AMOR

A solidão que me apavora
sempre bate e DESESPERA.
A incerteza sempre volta,
já não sei se tu me ESPERA

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

QUINTA DO DESABAFO #2: A MORTE DA INGENUIDADE

Cadê a ingenuidade das crianças?
Todas aqui com a maldade no olhar,
É isso que me faz perder a esperança.
Desse jeito é foda de acreditar.

A navalha corta a cada boca aberta,
A vida cobrará de cada alma (que se acha) esperta.
O futuro cobiçando desde cedo.
Criança malandra, com ódio, sem medo.

Avança, ameaça, xinga, se engana.
Bate, cresce, se fode, apanha.
Sonhos inexistentes, se almeja o pesadelo.
Se amarra, acende, puxa e depois prende.

Bateu, ficou, agora é só curtir,
Escola é sem futuro, melhor ficar aqui.
Solta aquele som, daqueles bem pesado,
Acende essa porra, que o bagulho é pesado.

Se joga nesse mundo,
Se afunda, vagabundo.
Nasceu com a cobiça, que agora te esquarteja.
O teu brilho morreu, se fode nessa breja.

Cresceu sem pai, sem mãe,
Esperança de ninguém.
Não tinha a quem orgulhar,
Mesmo se buscasse o bem.

Mais um que se fode no sistema carcerário,
Mais um que se fode, vira a vida ao contrário.
Cai na tentação que o mundo te oferece,
Não luta, não resiste, está entregue.

Mais um que vem aqui
Não faz história e se incrimina.
Se entrega ao sistema,
Cai na carnificina.

Vacila na tua história,
Só foi mais uma carne
Cortando na navalha,
Depois de esquartejada.

Sem ideologias,
Razão ou compromissos.
Morreu sem nem lutar,
Escravo do vício.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #7: IN-CONSCIÊNCIA

Acordar sem saber para onde ir,
Simplesmente se jogar no mundo.
Mas ir... Esvaziar a simples mente
E estar em equilíbrio, feliz.

Saber aonde encontrar a paz,
Mesmo nos momentos difíceis.
Escalar relevos e superfícies
Olhando sempre para dentro de você.

A nobreza da alegria
Estampada num sorriso natural.
A frieza não contagia.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #7: A MADRUGADA

Pelos becos e vielas
Noto as escolhas erradas.
A madrugada corre
E o tempo escorre em vão.

Escorre e não chega o momento.
Sua ausência é sufocante,
Teu silêncio, violento.
Decorrente dessa dependência.

Tua voz não me confortou hoje.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

SEXTA DA PAIXÃO #4: DENTES

No cerne da alma arde a ferida
Tantas vezes cicatrizada por um simples e puro sorriso teu.
No cerne da alma encontra-se a vida,
Regada e amadurecida pelo equilíbrio com meu próprio eu.

Quantas vezes, sozinho, me faltou o equilíbrio?
Escorreu a lágrima do olhar,
Me tirou todo aquele brilho
Que um dia me fez acreditar?

Tantas vezes ecoou meu sorriso
Pelo simples estar do teu.
A nobreza de um gesto simples,
Afogando as tristezas, o breu. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #6: LONGA ESTRADA

Me traga uma água gelada. Só pra me livrar do cheiro de noite passada. Da minha alma mal amada. Qualquer coisa que alivie o calor e o clima de Brasília, essa ilha política. Suspende a cerveja gelada. Até mesmo a pinga, a minha Paratudo, que gosto, mas comprei a preço de nada. Suspende a Libido, a satisfação dos meus hormônios. Suspende tudo! E me deixa com nada. Traz a conta, quero meter o pé na estrada. Com a mesma sola da noite passada, da madrugada rasgada. Me dê um bom livro e uma reclusão necessária. Tranque as portas. Se entregue aos poetas, mas avise a ela: "essa aqui não é pra você". Não é pra ninguém. Essa aqui é pra viver. Pra apagar a minha falta de lucidez. E tomar de novo os rumos da minha caminhada. Sem direção, sem um caminho e muito ingrata. Mas que, ainda assim, não falha e com muita facilidade me leva pra casa. Me deixa ir, sabendo que vou voltar. E, se não voltar, a gente se encontra, porque temos que continuar. Com alguns atrasos, alguns imprevistos e muito estrago. Mas seguimos: eu e minha caminhada. Que jornada fazemos, minha cara! Sempre lado a lado, olho no olho e cara a cara. Eu te observando, desde a sua nobreza até a sua incerteza. A nossa nobreza e as nossas incertezas. Ah, minha velha e nobre caminhada...


E pensar que dizem que tudo isso é a troco de nada. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

SEGUNDA DA DEPRESSÃO #4: NOS DIAS DE AGORA...

Nos dias de agora você já está distante.
Nos dias de agora só quero mais um instante.

Para poder pensar aonde que eu me perdi,
Para poder passar um tempo longe de você.
Para poder sentar e ver o mundo por mim,
Ver que eu já nem sei quem sou por causa de você.

Passei noites em claro, madrugadas em vão,
Pra ver o teu sorriso te dei o meu coração.
Joguei acordes fora até me convencer
Que essa valsa triste não faz bem pro meu ser.

Nos dias de agora só quero mesmo um instante.
Nos dias de agora só quero mais uma chance.

Só quero uma chance de ver onde me perdi,
Só quero uma chance de um bom dia sem você.
Só quero uma chance de ver o mundo por mim,
Só quero uma chance de me reconhecer.

Passei noites em claro, madrugadas em vão,
Pra ver o teu sorriso te dei o meu coração.
Joguei acordes fora até me convencer
Que essa valsa triste não faz bem pro meu ser.


Nos dias de agora.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

QUARTA DE ALFORRIA #6: NOVIDADE

Novos ares pra sentir
Novos dias pra viver

Novo caminho pra seguir
E a vida vou viver

Novas terras desbravar
Horizontes poder

Novas línguas pra falar
Ser o que consigo ser

Seu futuro depende
da sua expectativa
Você quem sabe
o melhor pra sua vida

Não seja escravo
da vontade alheia
O que você colhe
é o que tu semeia

O que vai fazer?
Lutar ou correr?
O que vai pensar?
Que não vai ganhar?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

TERÇAS INVERTIDAS #5: SIGA

Muitas vezes quero a reclusão
Muitas vezes ajo no automático
Muitas vezes bate a depressão
Muitas vezes fico apático

E assim a vida segue
Na esperança de algo melhor
Na vontade de um dia feliz
No desejo de algo maior