A busca incessante por companhia cansa. O medo de morrer sozinho avança.
Pra quê? O que muda? Me deem um motivo. Expliquem-me! Pudera eu morrer sozinho!
Longe de toda a diferença (ou indiferença, se assim preferir). Mas não, tenho
que me submeter a doses diárias de humanos daqui e dali. Doses intermináveis!
Doses indesejáveis! Porque não posso morrer sozinho?
"E qual o legado que a gente vai deixar?" PORRA! Esquece a
porra do legado! Esquece essa vontade de se sentir lembrado! O que você pensa
quando o vazio toma conta? Esquece, porra! O teu legado vai ser o mesmo de
Jesus e da formiga que você pisou. Será o mesmo do Romário e da abelha que te
picou. O NADA! O VAZIO! O MORRER! A transformação constante de matéria, energia
e sabe-se lá mais o quê! Se convertendo constantemente para chegar em uma das
infinitas possíveis estações de tanta gente. Vão mesmo achá-la? Estou
descrente!
Continuem suas buscas incessantes pelo sentido! Mas eu não vou me
submeter a isso, assumam vocês esses riscos! Eu já me sinto muito à vontade,
prefiro nem saber sobre o resto da eternidade.
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